Herói? Anti-herói? Cada um tem sua opinião, mas certamente ele é um patrimônio do povo, pela história que fez e vem fazendo, dentro e fora dos campos.
Como jogador, sua carreira começou no Guarani. Por lá se destacou, saiu, voltou, se destacou de novo. Gol de bicicleta em final – pode Arnaldo?. Saiu para o Palmeiras, não foi bem, e em uma troca das mais lembradas da história do futebol brasileiro, foi parar no rival Corinthians. Logo virou herói da massa. Conquistando o que a torcida esperava há anos: o Campeonato Brasileiro, em 1990, primeiro título nacional do timão, com a marca fundamental dele, craque da conquista. Jogou nos quatro grandes do estado de São Paulo, mas isso não diminui o seu status de um dos maiores da história do timão.
Sua carreira como jogador terminou relativamente cedo, em 1999, com 33 anos. No ano seguinte iniciou sua nova jornada, estreando como comentarista na Bandeirantes, logo no 1º Mundial de Clubes da FIFA, em 2000, e ele se mostrou pé quente. Timão campeão.
Em 2002 aceitou uma nova tarefa, ser gerente de futebol do Guarani, outro clube em que ele é ídolo. Mas apesar disso, a tarefa não foi nada fácil, devido a uma crise financeira instalada no clube, o que fez com que acabasse saindo do clube no ano seguinte.
Voltou aos comentários na Rede TV!, Record, e, enfim, em 2005, voltou ao Grupo Bandeirantes, onde está até hoje, como comentarista, e agora apresentador. Estilo inconfundível nos comentários, simplicidade, ele sabe como entreter o povo. Reconhece não saber nada de tática, diz que analisa apenas jogos e jogadores. Tem também algumas manias como a de pedir que qualquer jogador que tenha um certo destaque seja convocado para a seleção brasileira. “Sua seleção teria 150 jogadores”, bem define Milton Neves. Milton que, aliás, é companheiro do nosso homenageado nos pós-jogos, em transmissões que garantem boas risadas ao telespectador.
Com fontes privilegiadas nos clubes de São Paulo, especialmente no Corinthians, onde é ídolo, costuma dar “furos jornalísticos”, ou tenta fazê-los, já que nem sempre o que ele diz se concretiza. Mas não podemos deixar de esquecer que ele, em 2009, anunciou, em primeira mão, a vinda de Ronaldo para o Corinthians.
Grandes polêmicas também o rondaram na atual carreira, como o problema com o goleiro Marcos e a recente discussão com Benjamim Back, que pediu demissão da Band, mas acionou o craque por danos morais pelo ocorrido.
Nascido no dia 09 de setembro de 1966, de Santo Antônio de Posse para o Brasil. José Ferreira Neto, ou simplesmente, o Craque Neto, uma das personalidades mais marcantes do nosso futebol. Ídolo no Corinthians e no Guarani, frustrações na seleção, apresentador irreverente e, independente de nossa equipe não concordar com muitos de seus comentários, é inegável reconhecer sua popularidade e grande quantidade de seguidores espalhados pelo Brasil. Amado ou odiado, seria mesmo ele, o comentarista mais comentado do país? Ele é bom “garotinho”?
Parabéns, Neto, pelos seus 46 anos de muita história pra contar!