Não há como negar: a demissão de Gregório Manzano em janeiro deste ano fez muito bem ao Atlético de Madrid, que balançou com o treinador, viveu um período negativo durante o primeiro período da temporada passada e ainda por cima engoliu uma eliminação precoce na Copa do Rei para o pequeno Albacete. Manzano, durante sua pequena estadia em Manzanares, demonstrou uma grande indefinição tática, que variava a cada jogo. Além disso, ele nunca conseguiu achar uma escalação ideal.
O futebol desempenhado lembra muito o do rival Real Madrid. A vitória na final da Liga Europa contra o Athletic Bilbao ratificou essa comparação, quando os rojiblancos executaram uma tática à merengues contra o Barcelona. A marcação pesada gera ao adversário um cenário de desconforto. Além disso, o setor ofensivo não deixa a desejar. Arda Turan, Adrián López e Falcão García, principalmente, são provas cabais disso. Ao perder Diego, Simeone ficou sem seu principal articulador, mas vê em Koke, o Xavi rojiblanco, um bom substituto. Cebolla Rodríguez, contratado para esta temporada, tem entrado bem durante as partidas.
O treinador é o principal responsável por esse momento. Outro grande trunfo seu foi ter acertado uma defesa inconstante há anos. Miranda e Godín formam uma dupla segura e Juanfran (que é improvisado como lateral, outra granda escolha do treinador) e Filipe Luís, pelos lados, são boas opções ofensivas. Eles também são importantes na recomposição, porque voltam para marcar. O brasileiro vive sua melhor fase desde que saiu do Deportivo. Após uma temporada sábatica, o lateral-esquerdo, que chegou a ser pedido pela imprensa para ser convocado por Dunga, é muito importante nas infiltrações pelo flanco esquerdo. Hoje, o Atlético de Madrid é candidato real a uma vaga na próxima Liga dos Campeões e o caminho é tomar do Valencia, que começou a temporada tímido, o posto de melhor equipe humana da Espanha. Após errar tanto, o presidente Enrique Cerezo acertou em cheio ao fechar com Diego Simeone.