Felicidade: com ou sem dinheiro?
O duelo da tarde de hoje, entre Manchester City e Borussia Dortmund, em Manchester, não só envolve dois dos maiores times da atualidade, como também prova que, no futebol, não é possível determinar uma fórmula exata para o sucesso.
Enquanto o Manchester City, lastreado por um sheik multimilionário que joga Football Manager na vida real – usando Cheat o’Matic –, adota uma política de contratações milionárias, o Dortmund aposta na contratação e na lapidação de jovens talentos, geralmente contratados em transações de baixo custo. Ambos, entretanto, obtiveram sucesso em suas ligas nacionais: os Sky Blues venceram a última edição da Premier League, enquanto o aurinegro alemão é o atual bicampeão da Bundesliga.
Já os ‘Borussen’ vêm colhendo seus frutos com uma política muito mais modesta: o elenco bicampeão nacional foi formado, em boa medida, por apostas em jogadores de clubes menores ou mesmo em atletas da casa, formados nas categorias de base do Dortmund. Do atual time titular, Götze, Schmelzer e Grosskreutz são formados na base do clube; Piszczek, Subotic, Hummels, Kuba e o artilheiro Lewandowski foram verdadeiras barganhas se comparados ao que custam hoje. Vale lembrar ainda de jogadores importantes que já deixaram o aurinegro, como Nuri Sahin, formado no clube e vendido ao Real Madrid e Shinji Kagawa, comprado junto ao Cerezo Osaka por cerca de £ 200 mil e repassado ao Manchester United por £ 17 milhões. Com sua política de contratações e sua rede de olheiros, o Dortmund vem conseguindo, nas últimas temporadas, desbancar os gigantes de seu país, depois de quase ir à falência há alguns anos.
O duelo entre os dois servirá, enfim, para colocar à prova um antigo provérbio popular: o dinheiro traz ou não felicidade?
Por Pedro Galindo e Gregor Vasconcelos.