O ano é 2003. Cercada de desconfiança por causa da sua péssima performance na Copa do Mundo de 2002, a França sediava a Copa das Confederações. De cara, uma desistência que esvaziou a competição: a Alemanha, vice da Copa de 2002, não quis disputar a competição. A Turquia entrou em seu lugar. A competição contou ainda com Brasil, Estados Unidos, Camarões, Nova Zelândia, Japão e Colômbia. Para esvaziar ainda mais a competição, Zidane não disputou o torneio e o Brasil levou uma seleção sem vários dos seus principais jogadores. Parreira escolheu levar uma equipe formada em sua maioria por jogadores atuando no Brasil, para avaliá-los e ver como se comportariam em um torneio considerado de grande porte.
Sem Zidane, os grandes destaques da França eram Pires e Henry. Este último teve sua melhor performance pela França em um torneio oficial, com 4 gols, artilharia e prêmio de melhor jogador. Vamos relembrar, em detalhes, a atuação de Henry durante a Copa das Confederações.
França 1×0 Colômbia
Na estreia das equipes na competição, uma penalidade (mal) marcada para a França deu a vitória aos Bleus. Henry foi o responsável pela cobrança, batendo sem chance de defesa para Córdoba.
França 2×1 Japão
No segundo jogo da França na competição, Henry ficou no banco, entrando apenas nos minutos finais do jogo. O time de Santini venceu por 2×1, gols de Pires e Govou.
França 5×0 Nova Zelândia
No terceiro jogo da fase de grupos, Henry voltou aos titulares. E resolveu a parada para a França, com um gol e uma assistência quando o jogo ainda estava 1×0 para os Bleus. A França faria ainda dois gols nos acréscimos do jogo, mas Henry já tinha deixado tudo praticamente resolvido.
França 3×2 Turquia
Na semifinal, a estrela de Henry brilhou ainda mais. Com um gol, uma assistência e a roubada de bola que resultou no terceiro gol da França, Henry praticamente liquidou a fatura ainda no primeiro tempo. A Turquia ainda diminuiria na volta do intervalo, mas a França estava na final.
França 1×0 Camarões
Na final, o jogo ganhou componentes dramáticos. Três dias antes da decisão, durante a disputa da semifinal, o camaronês Marc-Vivien Foé passou mal em campo e acabou falecendo assim que chegou ao hospital. Foé era um dos principais jogadores da equipe africana e vencer a França (também por questões históricas) virou questão de honra para os jogadores de Camarões.
Henry foi o principal jogador da França no jogo, criando algumas chances bem claras. O jogo foi para a prorrogação e, após receber lançamento de Thuram, o craque cutucou para o fundo do gol. Era época do Golden Goal durante o tempo extra e não houve tempo para mais nada.
A França sagrava-se bicampeã da Copa das Confederações, com Henry de artilheiro e melhor jogador. Pode-se dizer que foi a única competição que Henry literalmente decidiu para a França durante toda sua carreira de jogador.