“Fui para seis mil quilômetros de distância (férias em Nova York) e pedi à diretoria do Barça que me deixasse em paz, e não conseguiram. Não cumpriram a palavra”. Com essas palavras, Guardiola deixou claro algo que muitos já especulavam: sua relação estremecida com Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona.
Guardiola é um seguidor reconhecido de Joan Laporta, presidente anterior à gestão de Rosell. Com Laporta, foi efetivado ao cargo de treinador da equipe principal do clube azulgrená e fez história no Camp Nou. Os dois possuem visões semelhantes de trabalho: formar um Barcelona para a Catalunha. Rosell, no entanto, aposta em um Barcelona diferente, mais midiático.
O que mais evidenciou a má relação entre a dupla foi a saída de Guardiola do comando técnico do Barcelona, em maio de 2012. Em setembro, Laporta chegou a comentar que Rosell fez pouco caso da saída de Pep. “Ele não ofereceu um plano de renovação. Tratou um ídolo como um qualquer um”, disse.
Na quinta-feira, Guardiola acusou Rosell de utilizar a doença de Tito Vilanova para tentar atacá-lo. Quando o atual treinador do Barcelona foi para Nova York realizar tratamento para um tumor, a imprensa espanhola afirmou que os dois procuraram não se encontrar. “Houve muitas coisas que passaram do limite, como utilizar a doença de Tito Vilanova para me causar dano. Isso eu nunca perdoarei. Porque eu vi Tito Vilanova em Nova York, e, se não o tivesse visto, seria por não ser possível, mas não por minha parte'”, afirmou Guardiola.