O atacante do Real Madrid, Karim Benzema, vive o momento mais baixo de sua carreira. Sem render o esperado na Espanha, o francês enfrenta uma dura seca de gols com a camisa da seleção francesa, na qual, mesmo sendo peça de confiança de Didier Deschamps, vive rodeado de críticas.
Seu último gol com a camisa bleu foi em junho de 2012, no amistoso contra a Estônia. Desde então, o atacante participou de 15 partidas pela seleção (incluindo jogos decisivos pela Eurocopa e contra a Espanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo), todas como titular, e não foi capaz de balançar as redes.
Apesar da importância que Deschamps dá ao jogador, o atacante já não é mais unanimidade entre torcida e imprensa. Os fãs da seleção já o querem fora do time, com a escalação de Olivier Giroud ou até mesmo de André-Pierre Gignac, que voltou a ser convocado. Enquanto isso, os jornalistas procuram razões para o irrisório desempenho do atleta. Uns até falam que ele não gosta de defender a seleção, pois é neto de argelinos e nem canta o hino. Porém, se ele realmente não alimentasse um prazer em vestir a camisa francesa, já teria dado adeus ao time ou nem teria aceitado jogar na primeira vez em que foi convocado.
O problema do jogador, que não marca em partidas oficiais pela seleção desde setembro de 2011, é técnico e, muito provavelmente, psicológico. Por vezes, Benzema parece estar em outra dimensão, se posicionando mal, perdendo gols fáceis, correndo vagarosamente e com a cabeça em um universo muito distante daqui.
O pior disso tudo é ver que ele é a única grande opção para a posição. Giroud, citado anteriormente, ainda não conseguiu engrenar na carreira e Gignac só voltou agora para a seleção. Enquanto isso, num universo tão longínquo quanto o que Benzema vive durante os jogos, está Bafetimbi Gomis e a garotada do time B do Lyon. Após intensa queda de braço com a diretoria do clube, que o deixou na equipe reserva que disputa a quarta divisão francesa, o Predador voltou para o time principal na última quarta-feira, mas o principal motivo dessa reintegração foi a incapacidade do clube em vendê-lo e não um peso na consciência do presidente do clube, Jean-Michel Aulas.
Contra a Geórgia, Benzema chegou a 60 jogos pela seleção francesa, tendo quase sete anos de atuações com a camisa azul. Porém, balançou as redes apenas 15 vezes, média de 0,25 por jogo ou um gol a cada quatro jogos. Thierry Henry, grande referência da posição na França, já havia feito 25 tentos quando também chegou à marca sexagenária de partidas, incluindo três gols na Copa do Mundo de 1998 e três na Eurocopa de 2000.
Além disso, Henry, quando tinha os mesmos 25 anos de Benzema, já havia feito 22 gols em 50 partidas. Em outras palavras, o atual atacante do New York Red Bulls, quando tinha a idade do jogador do Real Madrid, fez mais gols tendo uma quantidade de jogos semelhante.
Você pode achar um crime comparar Henry com Benzema, mas parem para pensar que o primeiro tinha que dividir atenção com nomes clássicos como Zinedine Zidane, Patrick Vieira e outros, enquanto Benzema, em status, só está abaixo de Franck Ribéry. Era obrigação ser um dos grandes nomes do time e deixar a seca de gols de lado.
Confira abaixo o nosso “Benzemômetro”, com dados da seca de Benzema na seleção francesa: