Na Copa de 1930, não havia uma bola oficial, como hoje em dia. Assim, a depender da partida, diferentes modelos de bola poderiam ser utilizados, bastando os adversários chegarem a um acordo sobre o assunto.
Em 13 das partidas, foi utilizada uma bola “modelo T”, denominada de Wembley, fabricada por uma companhia inglesa. Essa era a bola preferida dos uruguaios.
Os argentinos preferiam uma bola de 12 “painéis”, a Tiento, ligeiramente menor. Essa bola, trazida de Buenos Aires, também era fabricada no exterior, na Escócia. A Globe, bola similar, tinha sido utilizada na final dos Jogos Olimpicos de 1928. A bola argentina foi inclusive encomendada pelos brasileiros para o período de treinamento.
A escolha das bolas da final causou um impasse entre as duas equipes, até que John Langenus, o arbitro do jogo, sugeriu que cada tempo fosse jogado com uma bola. Foi então feito um sorteio, ganho pelos argentinos, que escolheram começar o jogo com sua bola.
No segundo tempo, duas bolas modelo T foram usadas: a primeira delas, hoje no Museu Nacional do Futebol, em Manchester (junto à bola do primeiro tempo), tinha cinco linhas de costura e esvaziou durante a partida. A segunda tinha sete linhas e hoje está no Museu da Seleção Espanhola.
No primeiro tempo, a final acabou em 2×1 para os argentinos. No segundo tempo, os uruguaios viraram para 4×2. Assim, cada equipe ganhou o tempo jogado com “sua” bola.