A inevitável queda santista

O Santos Futebol Clube, pela primeira vez em sua história, foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Em seus 111 anos, o alvinegro praiano viveu o dia mais triste de sua existência no dia 06 de dezembro, ao perder para o Fortaleza por 2 a 1, na Vila Belmiro. Junto com a combinação de outros resultados, um dos maiores, senão o maior clube do Brasil, irá disputar a Série B ano que vem.

Embora o rebaixamento do clube santista tenha sido confirmado apenas na última rodada, a bem da verdade é que o clube flertou com o descenso desde o início da temporada. Se existe uma cartilha de time rebaixado, o Santos Futebol Clube fez questão de cumprir à risca.

A começar por aquilo que vem se mostrando primordial no futebol principalmente de alguns anos pra cá: planejamento. O Santos contratou quase 20 jogadores em 2023, praticamente dois times. Desses, poucos conseguiram render. No comando técnico, quase que nenhuma constância. Três treinadores estiveram no comando técnico do time. Odair Hellman, Paulo Turra e Diego Aguirre trabalharam na campanha medíocre do Brasileirão. Os três foram demitidos após sequências ruins e muitas críticas por parte da torcida.

Por fim, mas não menos importante, o principal responsável pela queda do Santos tem nome e sobrenome: Andrés Enrique Rueda Garcia. Todos os itens acima passam pela incapacidade do presidente do clube em tomar decisões. Desde a escolha de um executivo de futebol qualificado até o ambiente caótico que resultou nos atos desesperados da torcida. Uma soma de incompetências, omissões, e acima de tudo, irresponsabilidades, que decretaram um dos rebaixamentos mais tristes, apesar de justo, da história dos grandes do futebol brasileiro.

Se 2023 já começou melancólico para o torcedor santista devido a morte do maior jogador de sua história, o fim foi ainda mais duro. A conta chegou, e o processo para se reerguer requer trabalho, paciência e acima de tudo, humildade. Sim, o Santos caiu. E o discurso de ‘’time grande não cai’’ vai, a cada época, se tornando mais ultrapassado.

E 2024 não promete ser fácil. Além do rebaixamento, o time soma uma grande dívida a ser sanada. Pelo desempenho ruim no Campeonato Paulista de 2023, também não disputará a Copa do Brasil, ficando de fora de importantes premiações. A chance de o time não voltar para e elite logo em seu primeiro ano é grande.

Veremos como o time que revelou diversos craques para o futebol mundial, que tem em Pelé seu maior símbolo, lidará com esta situação.

Sair da versão mobile