Desde a chegada de Cristiano Ronaldo à Arábia Saudita, o futebol tomou uma nova direção. Não apenas pela influência do jogador mais famoso do mundo, mas também pelos altos valores investidos pelos clubes. Após a Copa no Catar, ficou evidente que essa região entraria de vez no cenário do esporte.
O mercado brasileiro já é conhecido pelos sheiks árabes há algum tempo. Nos últimos anos, diversos jogadores transferiram-se para a liga do país, seduzidos, na maioria das vezes, pelos altos valores envolvidos em transferências e salários. No entanto, o que realmente elevou o nível do futebol no país foi a chegada de um dos maiores jogadores de todos os tempos, Cristiano Ronaldo. Embora não seja o mesmo de alguns anos atrás, ainda sabemos que há espaço para o português em vários times da Europa.
Na atual janela de transferências, essa mudança ficou ainda mais evidente. Benzema, Kanté, Roberto Firmino e Koulibally são alguns dos nomes que estarão na liga na próxima temporada. Todos esses jogadores têm espaço em times grandes e tradicionais da Europa, que são o epicentro do futebol, mas todos optaram por esse novo projeto.
Além dos jogadores, os treinadores também estão de malas prontas, como é o caso de Luís Castro, técnico português que deixou o Botafogo para comandar o Al-Nassr. No entanto, o futebol não se resume apenas a dinheiro e grandes craques. A tradição e os torcedores são ainda mais importantes para o sucesso de uma liga.
Nesses aspectos, a Arábia Saudita ainda caminha lentamente para mudar de patamar. O jogo ainda não é tão atraente, e algumas questões políticas e culturais do país afastam o público. O futebol é do povo, e isso vale para qualquer lugar do mundo. A descentralização é um ponto positivo, mas é necessário prestar atenção à maneira como está sendo feita.