Após recentes contratações, o Botafogo entrou para a lista dos 15 clubes mais valiosos da Série A. Em décimo-primeiro lugar, o clube Alvinegro anunciou cerca de nove reforços até o momento, desembolsando aproximadamente R$65 milhões, segundo levantamentos.
Ao todo, seu elenco está avaliado em R$293 milhões, e apenas as novas contratações do Botafogo já somam R$151,5fsaf milhões.
O nome mais recente anunciado pelo clube foi Lucas Fernandes, meia do Portimonense, de Portugal. O jogador chegará ao Rio de Janeiro para ser mais uma opção do time, e o anúncio foi feito nas redes sociais, oficializando a negociação.
Assim como outros reforços, o vínculo possui data de validade somente até 2023, com possibilidade de renovação, caso o time compre os direitos econômicos do meia.
Além de Lucas Fernandes, o Botafogo confirmou outros reforços, incluindo o zagueiro Victor Cuesta, o lateral-esquerdo Niko Hämäläinen e o atacante Gustavo Sauer.
Nomes como Lucas Piazon e Victor Sá também estão na lista, e nos últimos dias o time finalizou as negociações para obter o volante Tchê Tchê.
Todas as contratações do Botafogo aconteceram pós-SAF.
Contratações do Botafogo foram possibilitadas pela Lei da SAF
O Botafogo foi um dos primeiros times da série A a se tornar um clube-empresa por meio da Lei da SAF.
A aprovação da Lei N°14.193, chamada Sociedade Anônima do Futebol, permite um novo mecanismo jurídico para os times de futebol no Brasil. Agora, é possível passar de associação civil para empresa, com regime tributário especial e facilidades corporativas.
Com isso, a grande promessa da Lei da SAF é a possibilidade de receber investimentos externos, visando, principalmente, o pagamento de dívidas e aplicação de recursos para melhorar o desempenho dos times.
“Tem clubes que estão organizados, com suas contas equilibradas, não têm muitas dívidas e enxergam a SAF como uma possibilidade de dar um salto, sair da prateleira de baixo para a de cima. E isso pode acontecer? Pode. Eu acho que existem muitos fatores que impedem nesse caso, como no caso de você ter um mercado consumidor e um público torcedor, mas uma SAF pode permitir isso”, opina o jornalista e pesquisador Irlan Simões para a Betway Insider.
Foi o caso do Botafogo, que vendeu 90% do clube para o empresário John Textor, com intenção de liquidar suas dívidas e investir no time, o que já está acontecendo, a partir das últimas contratações.
Modelo está se popularizando no Brasil
Entre os clubes brasileiros, a Lei da SAF já se populariza na série A e B. Além disso, já é uma realidade na Europa, e diversos times internacionais já atuam como empresas, recebendo investimento externo.
No entanto, Irlan Simões reforça como a lei no Brasil é distinta da legislação que vigora em outros países: “É difícil comparar porque cada país tem sua realidade. O caso do Brasil é um processo que vem muito depois dos outros, que você pega clubes de grande história e vencedores com dívidas impagáveis, mas você não tem obrigatoriedade. Então, o que ocorre é que você tem um processo facultativo, uma lei que veio para criar uma verdadeira mamata para quem quer comprar clube, porque cria circunstâncias que nenhum outro país criou. Mas, de todo modo, você não tem obrigação. Os clubes podem escolher o formato que quiserem, o modelo que quiserem, para quem vão vender, para quantas pessoas, como vai dividir esse capital”, opina para a Betway, site de esporte bet.
Essa atratividade foi o que possibilitou as contratações do Botafogo, adicionando alguns milhões no seu elenco.
No futuro, a expectativa é a compra dos direitos econômicos das novas aquisições, montando uma equipe reforçada para os próximos campeonatos.