Copa do Mundo 2002: relembre os craques que não foram convocados

 

O momento da seleção brasileira está longe de ser bom. Pelo menos desde a Copa de 2014 para cá, a “amarelinha” vem sendo exposta a vexames nunca imaginados. Mas, historicamente, a realidade costumava ser outra: houve um tempo em que sobravam craques no país, de arrancadas incríveis, dribles curtos, passes precisos, e as conquistas importantes eram quase rotineiras.

Na Copa do Mundo de 2002, por exemplo, Luiz Felipe Scolari montou um time cheio de craques e conquistou o pentacampeonato. Na equipe titular estavam nomes como Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno. Isso sem falar em Cafu e Roberto Carlos.

Já no banco de reservas, Felipão tinha como opções Juninho Paulista, Edilson, Dida, Belletti e um jovem Kaká.

Na fase final, o Brasil passou por Bélgica, Inglaterra e Turquia até chegar à final. A adversária foi a sempre forte seleção alemã, mas, com dois gols de Ronaldo, a conquista do pentacampeonato foi materializada e Felipão e seus comandados voltaram da Ásia com o troféu na mala.

Diversos craques ficaram fora da convocação


Mas é incrível pensar que, apesar de a convocação ter reunido tantos craques, muitos outros ficaram fora. Naquela época o nível do futebol brasileiro era tão alto que, possivelmente, uma segunda equipe, montada só com atletas que não foram chamados por Felipão, também sairia campeã do torneio.

Parece exagero? Bem, vamos relembrar alguns dos craques que não participaram do Mundial da Coreia do Sul e do Japão.

Para início de conversa, um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos acabou sendo preterido por Felipão: estamos falando de ninguém mais, ninguém menos que Romário, que ainda jogava em alto nível.

E se hoje os camisas 10 são cada vez mais raros no futebol brasileiro, o que dizer do fato de que Alex e Djalminha não foram convocados para a Copa de 2002? Não há dúvidas de que, atualmente, os dois seriam facilmente titulares na seleção de Dorival Júnior – mas à época a concorrência era enorme e uma eventual convocação dependia de vários fatores.

Alex era um meia cerebral como raramente se vê hoje em dia, enquanto Djalminha era um artista da bola, com toques geniais e alta dose de improviso.

Mas a lista não para por aí: também deixaram de disputar a Copa jogadores como Élber, Amoroso, Sonny Anderson, Marcelinho Carioca, Giovanni, entre muitos outros.

Crise no futebol brasileiro


Nos últimos anos, porém, o futebol brasileiro mergulhou em uma profunda crise e, por enquanto, não há sinais de que o cenário vá mudar. 

A recente eliminação na Copa América, em que a seleção disputou quatro jogos, empatou três (Costa Rica, Colômbia e Uruguai) e venceu apenas um (Paraguai), é apenas mais um vexame em uma extensa lista.

Dessa forma, o que esperar para a Copa do Mundo de 2026? A verdade é que tudo ainda é uma incógnita, mas muitas pessoas estão aproveitando os métodos de pagamento megapari para apostar em um futuro melhor para a seleção.

Apesar disso, uma análise fria indica que o cenário mais provável é de uma nova participação decepcionante, embora não se possa negar que ainda temos bons jogadores e há uma nova geração talentosa surgindo.

Isso significa que, mesmo com a bagunça institucional do futebol brasileiro, de repente talentos individuais podem fazer a diferença e, afinal, a Copa do Mundo é um torneio de mata-mata, em que tudo pode ser decidido em apenas um lance.

Mas se nada for feito para mudar o panorama atual, o Brasil irá se consolidar como uma seleção mediana. Tudo na vida, afinal, pode mudar – temos o caso da Itália, que também vem se apequenando, e os de França e Espanha, que nos últimos anos tornaram-se potências.

O futuro, portanto, ainda é incerto, mas, sem planejamento, o Brasil só viverá de brilharecos individuais, e não terá a constância vencedora do passado.

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