A China virou assunto no mundo do futebol. Não só no Brasil, onde os clubes chineses depeneram o Corinthians, atual campeão nacional, mas até na Europa, onde o mercado da bola costuma girar quantias exorbitantes. As recentes aquisições de jogadores por valores acima do considerado natural despertaram a curiosidade sobre o futebol chinês.
Onde isso vai parar? Vão contratar o mundo todo?
A segunda pergunta é fácil de responder: não! Pelo menos por enquanto. A liga local possui limitações para a contratação de estrangeiros, e são essas regras e a distribuição dos gringos em seus clubes que o Doentes por Futebol apresenta nesta página.
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Na Super Liga da China cada clube pode inscrever cinco estrangeiros, sendo um deles o chamado “jogador asiático”, que é a vaga destinada para um atleta que possua nacionalidade de algum país membro da AFC (Confederação Asiática de Futebol). Apesar de ser chamado de “asiático”, é comum encontrar jogadores australianos ocupando esta vaga especial, tendo em vista que a Austrália é membro da AFC desde 2006.
Outras regras chamam a atenção:
– dos quatro estrangeiros não asiáticos, apenas três podem estar em campo ao mesmo tempo
Geralmente o quarto estrangeiro fica no banco e substitui no segundo tempo algum dos outros três que iniciaram a partida.
– o goleiro não pode ser estrangeiro, tem que ser chinês
Evita-se assim que a China não produza goleiros, podendo abastecer sua seleção.
Curiosidades:
– na Champions da Ásia, a competição continental interclubes, o limite de estrangeiros é mais rígido, só sendo permitidos quatro inscritos, sendo um deles o “jogador asiático” (regra 3+1)
Um dos estrangeiros não asiáticos dos times chineses acaba ficando de fora da competição continental.
– no Mundial Interclubes da Fifa não há limite de estrangeiros
É a única competição oficial onde um clube chinês consegue colocar todos os seus gringos ao mesmo tempo em campo.
– o Guangzhou Evergrande chegou a ter seis brasileiros no elenco: Elkeson, Ricardo Goulart, Paulinho, Robinho, Alan e Renê Júnior
É verdade , mas eles não quebraram nenhuma regra. Alan estava lesionado (o que permite inscrever um substituto) e Renê Júnior não foi inscrito após a janela em que Robinho foi contratado.
– o Shandong Luneng joga com quatro sul-americanos em campo ao mesmo tempo
É meia verdade. O volante Jucilei, do Shandong, possui nacionalidade palestina e ocupa a vaga de “jogador asiático”. Falamos sobre essa nacionalização aqui.
– na segunda divisão chinesa o limite de estrangeiros é igual ao da competição continental (3+1)
Se pudesse ter mais do que três não asiáticos, com certeza o Tianjin Quanjian, de Vanderley Luxemburgo, não teria apenas Luís Fabiano, Jadson e Geuvânio em seu plantel.
A tabela com todos os estrangeiros da Super Liga da China:
Última atualização: 10/01/2017