O dinheiro compra tudo, menos uma Bola de Ouro

“Você quer ser o melhor do mundo? Eu te ajudo, basta ficar no Barcelona”

Essas palavras foram ditas por Lionel Messi, o ídolo de Neymar, com quem montou um dos melhores ataques da história do futebol mundial. A dupla compartilhou vestiário por 4 anos, mas nem toda essa amizade segurou a ambição do brasileiro de ser O protagonista. (ou será que a ambição era o dinheiro)

A maior transferência da história do futebol mundial, 222 milhões de euros foi o investimento do Paris Saint Germain, clube que na temporada anterior a contratação (2016/17), sofreu por ter Neymar como rival, o brasileiro foi peça fundamental na virada do Barcelona para cima da equipe francesa. Nasser Al-Khelaïfi, dono do PSG, viu o craque brasileiro como a peça que faltava para o projeto do clube, e investiu sem pensar duas vezes, dando um salário astronômico para o jogador e colocando Neymar na função tão sonhada de protagonista.

Neymar foi o primeiro jogador da história que teve o nome exposto na Torre Eiffel, contou com uma apresentação calorosa e fez um bom início de trabalho pelo clube frances, até que no início de 2018, teve a primeira de uma serie de lesões enfrentadas pelo jogador durante as 6 temporadas em que jogou na França.

de 2017 a 2023, Neymar somou apenas 173 jogos pelo clube, mas com bons números, foram 118 gols, 70 assistências e venceu 13 títulos. A taça mais desejada ficou muito próxima de ser conquistada em 2020, mas o PSG perdeu a final daquela Champions por 1×0, contra o Bayern.

“Uma gangorra”, uma boa metáfora para definir os anos de Neymar no PSG, em muitos momentos o jogador que chamava a responsabilidade e deixava os torcedores orgulhosos, em outros, era o atleta mais atacado da equipe, criticado por sua postura e falta de comprometimento com o clube.

Não considero Neymar um fracasso no clube francês, o jogador sofreu com lesões e em certos momentos não tinha um time organizado para jogar ao seu lado. 

O PSG é conhecido por não tratar bem seus atletas, e mesmo com grandes investimentos, não há um planejamento bem estabelecido pelo clube.

Neymar não é o primeiro jogador que sai pela porta de trás, Messi foi vaiado por torcedores sem nenhum motivo aparente. Mbappe recebeu status de estrela e deixou o ego sobressair. Donnarumma foi contratado como um dos melhores goleiros do mundo e virou chacota. Keylor Navas tinha acabado de ganhar 3 Champions e foi para o banco do clube parisiense. Esses são apenas alguns dos exemplos de como o Paris Saint Germain, investe, mas não aproveita o que os jogadores são capazes de produzir.

O menino da vila não estava mais nos planos do PSG para a próxima temporada, e passou a procurar um novo clube, muito se falou de Barcelona, mas a grana dos arabes conquistou Neymar.

Com um salário de R$1,7 Bilhão pelos dois anos que estará por lá, quantia que equivale a R$2,3 milhões por dia, Neymar sai da europa com apenas 31 anos, com muita lenha para queimar em alto nível.

Sobre o futebol árabe, estamos vivendo algo novo. Lembra quando o medo dos torcedores brasileiros era um clube chinês tirar jogadores dos times daqui?! Pois é, agora os clubes europeus passam por uma situação parecida com o futebol árabe. O governo dá dinheiro aos clubes, que não medem esforços para contratar quem querem. Até onde isso vai chegar? Será que o futebol árabe será uma potência? 

Só o futuro para responder tantas reflexões..

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