A liderança do Botafogo é incontestável e o trabalho de Luís Castro está rendendo frutos com as quatro vitórias seguidas no Brasileirão. No entanto, para entender esse bom momento, é preciso conhecer o árduo processo por trás dele, que envolve principalmente trabalho, tempo e paciência.
A cultura do resultado imediato é presente no futebol brasileiro e a pressão da torcida, diretoria e imprensa muitas vezes interrompe trabalhos promissores de novos treinadores que chegam no mercado nacional. Apesar desse cenário, alguns times trabalham para mudar essa questão, e um bom exemplo hoje é o Botafogo.
Luís Castro chegou ao alvinegro carioca em março de 2022 e, na era Textor, encontrou um cenário de muita euforia e expectativa por resultados rápidos. No entanto, como na maioria das SAFs do futebol brasileiro, o Botafogo passava por uma reconstrução financeira e no futebol. O time terminou na décima primeira colocação, garantiu a classificação para a Sul-americana e mesmo assim passou por momentos de contestação por parte da mídia e torcida.
Em 2023, mais um evento viria para balançar a posição do treinador português: a eliminação no Campeonato Carioca. No entanto, a confiança no trabalho e o entendimento da diretoria sobre a importância de prosseguir com o projeto fizeram com que o comando continuasse o mesmo. Pode ser a influência de uma gestão mais profissional ou apenas um voto de confiança, mas imaginar o Botafogo começando o Campeonato Brasileiro com outro treinador seria perfeito para dar errado. O tempo foi valorizado e o resultado é um time bem encaixado com uma boa filosofia de jogo e o melhor início de campeonato em mais de 40 anos.
Como diz a sabedoria popular, o tempo resolve tudo, e realmente resolve (na maioria dos casos).