O sentimento não para

Ressurreição vem do verbo ressurgir, que significa ato ou efeito de ressuscitar, retorno da morte à vida. Nada define melhor o sentimento do torcedor vascaíno neste momento. Tendo a cruz de malta como brasão, podemos atrelar esta simbologia à fé católica e dizer que o Vasco vive sua purificação no purgatório do futebol, numa das mais competitivas edições da Série B do Brasileirão.

O maior pecado do Vasco foi não aprender. Nas oportunidades de redenção que teve, o clube jogou fora e voltou ao lugar em que tinha mergulhado. Até ao ponto que pecou tantas vezes que não teve forças para voltar imediatamente e pedir perdão para aqueles que sempre estiveram ao seu lado.

Em uma história recheada de glórias no campo e lutas sociais fora dele, seria correto, justo, os cruz-maltinos padecerem tanto tempo neste lugar? Tendo em vista que, não é a primeira ocasião do clube na segunda divisão nacional, o que há de diferente desta vez? Talvez a resposta não venha agora, até porque, o futebol não obedece a razão. No entanto, o que se pode conspirar para encontrar as respostas desses questionamentos é o sentimento do amor.

Mesmo cultivando inúmeras mágoas e dores, o vascaíno não deixou essa sensação ser maior do que a fé, maior do que o amor.  Amor esse que pode ser expressado de diversas formas: cantado, gritado, escrito, desenhado. Não importa! O que realmente interessa para o cruz-maltino é que esse sentimento não pode parar. Pois todo vascaíno é amor infinito, e por isso ele canta de coração: “Vasco da Gama!”

Imagem de capa: Daniel Ramalho | Vasco da Gama

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