Durante uma Copa do Mundo, em que são jogador sete partidas para ser campeão, a possibilidade de alterações no esquema de jogo e nas escalações podem parecer problemáticas, ainda mais quando se há tão pouco tempo para treinamento. Lionel Scaloni, técnico da Seleção Argentina, não só não teve medo de arriscar, como provou que estava certo.
Logo na estreia, os argentinos pareciam fadados ao fracasso, já que perderam de virada para a, competente, mas inferior, Arábia Saudita. Parecia que o fim da Copa estaria próximo com esse vexame. Na partida seguinte, Scaloni e seus comandados se aplicaram e venceram o México, muito em função das modificações do treinador durante o jogo, com os jovens Enzo Fernandes e Julián Álvarez entrando no time. Assim, na terceira e importante rodada, os dois jogadores foram titulares e ajudaram a garantir a passagem para as oitavas de final.
Scaloni não ficou preso a um esquema, ele se adaptava ao rival. Ao enfrentar a Austrália nas oitavas, conseguiu impor seu ritmo e ganhar com mais autoridade, para, então, provar se estavam mesmo prontos para seguir adiante, já que teriam a Holanda sem seguida.
Um jogo complicado diante dos holandeses. A Argentina chegou a fazer 2×0, mas cedeu o empate e precisou dos pênaltis para avançar. Uma aplicação que mexeu com os comandados de Scaloni. Ali, Messi já fora decisivo, mais que nos outros jogos, mas seria na partida seguinte que o craque faria história.
Messi não precisa de adjetivos. Acima dele só Pelé. O craque argentino é capaz de mudar partidas com facilidade. Mesmo aos 35 anos, joga com muita vontade e dedicação que parece um garoto. Diante da Croácia o atleta seis vezes eleito o melhor do mundo fez um jogo excepcional, garantindo a passagem para a final.
E que final!
Uma partida digna de Copa do Mundo.
Argentina e França fizeram um jogo memorável. Para muito o melhor jogo de futebol que já presenciaram. Messi e companhia dominaram boa parte do jogo, chegando a vencer por 2×0. Mas Mbappé, craque francês, resolveu decidir e com isso empatou o jogo. Na prorrogação as duas equipes mantiveram o ímpeto, e cada uma chegou a marcar mais um gol.
Pênaltis!
Foi a vez de Emiliano Martínez brilhar, com suas defesas, e dar à Argentina o tão sonhado tricampeonato da Copa do Mundo.
Scaloni montou seu time com o que tinha de melhor. Acreditaram e cada jogo e se adaptaram aos adversários. O técnico mudou quando precisou e o craque decidiu quando necessário. Foi um grupo digno de vencer o maior torneio de futebol do planeta.