Está definida a fase de grupos da Copa Libertadores da América. Ao fim das fases preliminares, o torneio mais importante e cobiçado do continente terá oficialmente seu início entre os dias 4 e 6 de abril, e promete grandes emoções. Vejamos como ficou cada grupo e o que se pode esperar em cada um deles.
Grupo A: Flamengo, Racing, Aucas (EQU) e Ñublense (CHI)
O atual campeão da Libertadores tem, em teoria, um dos caminhos mais acessíveis entre os brasileiros para a fase oitavas de final. Tem como grande concorrente em seu grupo o Racing, vice-campeão argentino em 2022. Os outros dois adversários do grupo, Aucas e Ñublense, não devem oferecer tanto trabalho ao rubro-negro. A tendência é que a equipe carioca se classifique em primeiro.
Grupo B: Nacional (URU), Internacional, Metropolitanos (VEN) e Independiente Medellín (COL)
Pelo grupo B, a tendência é que as duas vagas fiquem entre três times, um deles, o Internacional, vice-campeão brasileiro na última temporada e bicampeão da América. O Nacional do Uruguai, equipe tradicional da América do Sul e tricampeão da Libertadores, juntamente com o Independiente Medellín, da Colômbia, são as outras duas equipes que tentarão complicar a vida do Colorado. O Metropolitanos, equipe Venezuelana, provavelmente vem apenas à passeio no grupo.
Grupo C: Palmeiras, Barcelona (EQU), Bolívar (BOL) e Cerro Porteño (PAR)
Sem dúvida alguma, dentre os grupos formados, esse é um dos mais interessantes. O Palmeiras, campeão nacional ano passado, tem pela frente adversários tradicionais na América do Sul. O Barcelona, equipe equatoriana, tem um histórico recente de eliminar brasileiros em competições internacionais. Bolívar e Cerro Porteño, embora nunca tenham conquistado a América, são dois clubes de bagagem na Libertadores, e podem fazer jogo duro para o Verdão. A tendência é que o time de Abel Ferreira se classifique, mas com uma certa dose de suor.
Grupo D: River Plate, Fluminense, The Strongest (BOL) e Sporting Cristal (PER)
Como em quase todo sorteio, um dos grupos é considerado “o da morte”. Digamos que seja esse. Apesar do bom momento em 2023, o Fluminense tem parada dura pela frente. O gigante River Plate dispensa comentários. Multicampeão da América e que reformou seu estádio recentemente, o transformando num verdadeiro caldeirão, para mais de 80 mil pessoas. Não bastasse isso, o Flu ainda irá enfrentar a altitude boliviana, onde irá jogar contra o The Strongest. Tem ainda o Sporting Cristal, treinado pelo brasileiro Tiago Nunes, ex- Ceará, Athletico-PR, Corinthians e Grêmio. Grupo difícil, mas se der a lógica, o tricolor avança juntamente com o River.
Grupo E: Independiente del Valle (EQU), Corinthians, Argentino Juniors (ARG) e Liverpool (URU)
Campeão invicto da Libertadores em 2012, o Timão tem desafios interessantes em seu caminho, um deles o algoz recente de clubes brasileiros. Campeão da Copa Sul-Americana em 2022 e da Recopa Sul-Americana em 2023, derrotando o Flamengo na final, o Independiente del Valle, do Equador, vem se destacando no continente nos últimos anos. Time organizado e com boa qualidade técnica, promete ser o grande concorrente do Corinthians no grupo. Argentinos Juniors e Liverpool, do Uruguai, são times modestos, porém requerem atenção, principalmente jogando em seus domínios. Tendência de Corinthians e Del Valle seguirem.
Grupo F: Boca Juniors (ARG), Colo-Colo (CHI), Monagas (VEN) e Deportivo Pereira (COL)
Um dos grupos mais previsíveis da competição. Dois clubes grandes, tradicionais, com bagagem em Libertadores da América, disputando com outros dois de menor expressão e nível técnico inferior. Hexacampeão da Libertadores, o Boca deve passar, junto com Colo-Colo, campeão em 1991 e de inúmeras participações. Grupo praticamente definido.
Grupo G: Athletico-PR, Libertad (PAR), Alianza Lima (PER) e Atlético-MG
Dois brasileiros em um mesmo grupo é garantia de uma dose ainda maior de emoção e expectativa. E o sorteio quis que os dois xarás se colocassem frente a frente. Galo, campeão da América em 2013, e Furacão, vice campeão em 2005 e 2022. Para somar, ainda vem Libertad, do Paraguai, e Allianza Lima, do Peru. Equipes tradicionais e de torcidas calorosas. Adversários difíceis, ainda mais jogando em casa. Grupo extremamente equilibrado. Melhor para nós se passarem os dois Atléticos (ou Athleticos).
Grupo H: Olimpia (PAR), Atletico Nacional (COL), Melgar (PER) e Patronato (ARG)
Por fim, o último grupo da Libertadores segue um roteiro parecido com o Grupo F, ambos sem brasileiros. Dois clubes tradicionais, que já conquistaram a América, e dois de menor expressão. Olimpia, tricampeão da Libertadores, e Atletico Nacional, bicampeão, muito provavelmente passam. Melgar, do Peru, e Patronato, equipe argentina e que disputa pela primeira vez em sua história a fase de grupos do torneio, não devem oferecer trabalho. Passam os dois tradicionais.