Nos últimos anos, a preferência por treinadores estrangeiros tem se intensificado no futebol brasileiro, tornando-se cada vez mais comum ver técnicos de outros países no comando das equipes das principais divisões. Essa tendência é visível tanto entre torcedores quanto entre dirigentes. Atualmente, dos 20 clubes da Série A, 7 possuem treinadores de fora, sendo 4 argentinos e 3 portugueses.
Esse movimento de internacionalização chegou a influenciar até a seleção brasileira, que cogitou a contratação de um técnico estrangeiro. No final de 2023, Fernando Diniz assumiu o comando interino da equipe nacional, com a expectativa de que o italiano Carlo Ancelotti chegasse, o que não se concretizou. Recentemente, após a goleada de 6 a 0 sofrida pela seleção sub-20 contra a Argentina, a discussão sobre a qualidade dos profissionais brasileiros foi retomada. Ramon Menezes, à frente da equipe sub-20, foi duramente criticado e tem seu trabalho mal avaliado.
Na expectativa de superar esse momento negativo, novos nomes têm surgido no mercado nacional, com o objetivo de reconquistar o prestígio e a preferência por técnicos brasileiros. Um desses destaques é o jovem treinador do Flamengo, Filipe Luís. Em sua primeira experiência à frente de um dos maiores clubes do país, ele tem se destacado pelo estilo de jogo sólido e moderno, bom relacionamento com os atletas e pela conquista da Copa do Brasil de 2024.
Thiago Carpini, outro jovem à frente de um time, ganhou destaque ao conduzir o Juventude da vice-lanterna ao segundo lugar na Série B de 2023. Com o sucesso no time gaúcho, ele chegou ao São Paulo, onde não teve o rendimento esperado; no Vitória, conseguiu salvar a equipe do rebaixamento e classificá-la para a Sul-Americana.
Nessa lista também podemos citar o nome de Fernando Seabra, que surgiu nas categorias de base do Cruzeiro e evitou o rebaixamento do time principal junto com Paulo Autuori em 2023. Ao ganhar espaço no profissional, o comandante foi responsável pelos melhores momentos da equipe mineira na Série A desde o acesso em 2022, além de ser o principal responsável pela chegada do time à final da Sul-Americana de 2024, mesmo sendo demitido antes do segundo jogo das quartas de final. Agora, no RB Bragantino, após livrar a equipe do descenso em 2023, ele tem a missão de recuperar o time no cenário nacional.