Nos últimos meses, uma manchete sobre o Bitcoin chamou muita atenção do público e da mídia em geral: segundo estudos realizados na Universidade de Cambridge, a criptomoeda gastaria anualmente mais energia do que todo o país argentino.
Com base nesse fato, muitas pessoas se indagaram qual o motivo para um gasto tão grande de energia (muitas provenientes de fontes não renováveis) em uma moeda virtual, sendo que poderíamos fazer as mesmas transações com moedas físicas.
Neste artigo, te explico qual a importância do Bitcoin e das criptomoedas, e por que ela é tão amplamente utilizada em cassinos ao redor do mundo, como no SpinCity Cassino.
De onde surgiu o Bitcoin?
O Bitcoin não é uma tecnologia tão nova. Sua primeira aparição para o mundo veio de um trabalho acadêmico publicado na internet por uma figura chamada Satoshi Nakamoto. Neste texto, o inventor anônimo até hoje, discorria sobre como o Bitcoin poderia ser estruturado por meio de outra tecnologia: a Blockchain.
Um ano após esse trabalho ser publicado e chamar muita atenção na internet, Nakamoto também publicou a primeira versão do Bitcoin em um sistema Blockchain. Essa é a fundação para tudo que temos hoje.
Por que o Bitcoin consome tanta energia?
As criptomoedas não são feitas ou mantidas por uma instituição centralizada, como é o Banco Central no Brasil, que emite as notas e cuida para que não exista inflação ou deflação de seu valor. A emissão e regulação das criptomoedas acontecem por meio de mecanismos tecnológicos que exigem muita energia. Entenda mais sobre eles.
Mineração
A única forma disponível para que os usuários adquiram uma criptomoeda (ou partes dela) sem pagar seu valor de mercado é minerando-as.
Resumindo toda a parada: essa atividade é realizada deixando um ou mais computadores resolvendo equações de alta complexidade, que são enviadas ao sistema de Blockchain do Bitcoin. Por sua vez, este sistema valida, ou não, essas equações e, com base nisso, dá um fragmento de uma criptomoeda para o usuário que realizou esta operação.
Este é o processo que mais consome energia em toda a cadeia do Bitcoin, visto que cada computador ocupado com esta demanda consome um bom volume de energia, devido aos seus componentes. Enquanto isso, empresas, instituições e indivíduos interessados em ganhar dinheiro neste meio costumam ter muito mais que uma máquina funcionando ao mesmo tempo.
Existem verdadeiras fazendas de mineração, com bunkers escondidos em lugares remotos apenas para essa atividade, que já foi muito lucrativa devido ao valor das criptomoedas, sua inflação na pandemia e muito mais.
Sistema de Blockchain
O Blockchain do Bitcoin também é um sistema que exige muita energia para ser mantido. Ele é descentralizado, portanto, pode operar em um servidor e/ou em conjunto com milhares, e até mesmo milhões, de computadores ao redor do mundo.
Devido a isso, medir quanto se gasta de energia com o blockchain é relativamente complexo.
Mas com base em sua complexidade, aumento exponencial das transações que realiza e dados que precisa armazenar, grande parte da energia consumida está em apenas manter o banco de dados do sistema de pé.
Outros operadores
Além da mineração e do sistema por trás do Bitcoin, temos ainda que considerar outros operadores de criptomoedas, como as exchanges, bancos, aplicativos, APIs e muito mais. Toda essa infraestrutura digital também é mantida com muita energia elétrica.
Esse fato pode ser muito interessante para quem é apenas um usuário comum: não imaginamos como esses sistemas são mantidos de pé, mas eles são, articulando força humana e muito maquinário.
Com tantos apesares, por que usar o Bitcoin?
Olhando de fora, parece que o Bitcoin é apenas um capricho dos usuários mais engajados com a Internet. Esse pensamento é equivocadíssimo. Esta criptomoeda é amplamente aceita como uma moeda fiduciária qualquer, entretanto, não depende de um órgão regulador, tornando-a totalmente descentralizada.
Ser descentralizada permite que qualquer pessoa use-a como símbolo de troca. Países em guerra, por exemplo, podem sofrer embargo de sua moeda ou então ver seu valor dizimado. O Bitcoin, por sua vez, é uma moeda mantida internacionalmente, portanto, não pode ser embargada, e o seu valor flutua de acordo com muitas variáveis.
Devido a isso, já foi utilizada muitas vezes por populações em desamparo internacional em busca de serviços, alimentos e muito mais.
Outra forma comum de se utilizar o Bitcoin é na busca por anonimato. Presos políticos ou pessoas perseguidas podem converter todo seu patrimônio em Bitcoin e sumir do mapa, sem instituições financeiras sabendo tudo que se passa ou onde ela está.
Bitcoin para cassinos online
Neste contexto de anonimato e descentralização, o Bitcoin se torna uma forma de qualquer cidadão se rebelar contra as decisões conservadoras de seu país. Para os cassinos, é uma forma desses indivíduos escolherem onde e como querem usar seu dinheiro.
No Brasil, por exemplo, até antes de 2016, não era possível apostar em cassinos online. Esse serviço ficava restrito a quem sabia operar um VPN ou algo do tipo. Mas mesmo assim, nem todos possuem cartão de crédito internacional para realizar o depósito em um cassino estrangeiro.
Dessa forma, as criptomoedas como o Bitcoin eram uma forma de liberdade para essas pessoas, que poderiam usar seu dinheiro como bem entendessem de qualquer lugar do mundo, sem que qualquer outra pessoa soubesse o que fazem com seu dinheiro.